sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Hunter vs Hunter

review sobre o episódio de DEXTER
5.03 - Practically Perfect

Semana de Dexter, finalmente! Depois de me dar umas férias merecidas, recuperei minha vontade de resenhar sobre uma das mais bem sucedidas séries de TV da rede americana. E sem perder tempo, vamos ao que interessa!

O episódio da semana, com um título sugestivo como esse, de imediato já abre um grande spoiler sobre o que teremos no último ato da temporada. A escolha de uma responsável para tomar conta do pequeno Harrison teve uma montagem criativa logo nos primeiros minutos do capítulo, mas infelizmente o tal título se apregoou em minha cabeça como música ruim; é evidente que a babá irlandesa vai aprontar uma no futuro. A situação parece ter resolvido de uma forma muito conveniente, e eu não gosto nada disso.

Paralelamente, seguimos o caso de Angel e Masuka, que brigaram num bar pela honra de Laguerta e chamam a atenção da corregedoria. Gosto de ver estes personagens em foco, pois são divertidos e bem desenvolvidos. Entretanto, pouca coisa relevante acontece com eles, o que é uma lástima. Isso me faz lembrar daquela saudosa segunda temporada cuja estrela principal, na minha opinião, fora Doakes.

Já O caso Santa Muerte ainda me soa tão "interessante" quanto aquele da terceira temporada, sobre o assassino cortador de folhas de palmeiras. A iniciativa de multiplicar os desafios com diferentes vilões é boa, mas pode muito bem diluir a trama for tratada com cuidado. Veja só como exemplo irrefutável as obras cinematográficas de super heróis que lidam com mais de um antagonista por vez: os bandidos são unidimensionais e representam sempre aquela oposição barata do estilo good guy vs bad guy (sim, me refiro à Homem Aranha 3).

Por fim, temos Dexter caçando Boyid, que tinha potencial para ser um personagem curioso, mas acabou servindo apenas de gatilho para outra trama que está pra ser desencadeada. O embate entre os dois serial killers foi exasperante, mas definitivamente o cliffhanger foi a cereja do bolo dessa semana.

Rufem os tambores: temos em vista uma nova namorada para Dexter.

domingo, 10 de outubro de 2010

Sem descanso para o Mal

review sobre os episódios de SUPERNATURAL
6.01 - Exile on Main St.
6.02 - Two and a Half Men


Quando comecei a assistir Supernatural, considerava-a uma série mediana, que atendia sua função básica que era garantir meu entretenimento. Ao chegar à 3 e 4 temporadas, minha opinião era outra: seu roteiro cada vez mais polido e elaborado, com personagens realmente interessantes (Castiel, Dean, Bob), tornavam-na indispensável para qualquer interessado no gênero.

No início do quinto ano, entretanto, a série começou a apresentar sinais de desgaste. Mesmo planejada para durar seis temporadas, os roteiristas forçavam a barra cada vez mais para conseguir suportar 22 capítulos anuais. Ao invés de se preocuparem com o Apocalipse, entregavam-nos episódios de “monstros da semana” que não rendiam nada e era até mesmo ilógico, uma vez que não fazia sentido os irmãos Winchester desfocarem tantas vezes de seu objetivo último: deter Lúcifer e Michael.

Com o desfecho da quinta temporada, estava claro que o material criado por Eric Kripke havia chegado a um final conclusivo. Não havia mais o que explorar. Lúcifer foi engaiolado graças ao sacrifício de Sam, o Apocalipse foi abortado e Dean foi viver no subúrbio com mulher e quase-filho. Mas o canal urge pela audiência, e o show têm de continuar.

O que nos leva à estes dois primeiros capítulos da sexta temporada: Sam retorna dos mortos, assim como seu avô e primos. Nada é explicado; tudo é lançado aleatoriamente. Djinns surgem para vingar seu pai derrotado pelos irmãos no passado. Shapeshifters sequestram bebês. Sam e os ressuscitados contam com o retorno de Dean à ativa; de acordo com o grupo, foi um erro mantê-lo afastado do ofício de caçador por tanto tempo. Ele é bom demais pra se aposentar.

Mas sinceramente não dá. Não sinto mais a empolgação dos anos anteriores. Pretendo assistir até ao fim, mas não vou escrever reviews aqui. Quando a série terminar, faço um comentário geral sobre minha impressão. Supernatural tomou o caminho errado que tantas outras também o fizeram...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

o Fim é o Início é o Fim

review sobre o episódio de DEXTER
5.02 - Hello, Bandit

Semana nova, ansiedade renovada. Depois de uma season premiere altamente aguardada (leia-se: uma das mais assistidas de toda a história do canal Showtime), o drama do Serial Killer Dexter provavelmente entraria num recesso típico de início de temporada, no qual as peças para uma nova trama surgem lentamente para constituir o mosaico do terceiro ato.

Mas felizmente eu estava errado.

O episódio "Hello, Bandit" tinha tudo para ser um típico evento semanal em que nosso anti-herói caça o malfeitor da vez. Além disso, quando o FBI limpa a barra de Dexter imaginei que dali pra frente o episódio seria muito, muito leve.

Eis então a pedra no sapato, a ferida que não se pode coçar. O elemento chave que tornou o episódio tão memorável e delineou um pouco do que está por vir. Dexter, como disse seu próprio vizinho (aquele que beijou Rita), não há como atender a demanda múltipla de ser matador, pai de família e analista de espalhamento de sangue. Ele já havia tentado isso na quarta temporada, e tal plano falhou desastrosamente. Agora, Astor se opõe a qualquer chance de coexistência com seu padastro. Cody, tristonho, segue o caminho da irmã. O Dark Passenger está tão livre quanto no início da série.

E Dexter está em pedaços, pois um dos poucos sentimentos que ele possui dentro de si são para seus garotos.

Mas Hello, Bandit também traz seus vilões. O homem da machete e o despojador de barris. Ao que parece, vão dar trabalho para serem capturados. Mas não quero trabalhar com previsões para os antagonistas. Este ano é o ano de Dexter, Dexter em suas origens.

Aquele Dexter raíz, coisa de primeira temporada.