sábado, 29 de janeiro de 2011

Troféu Lagunesco para os melhores filmes de 2010

Após passar o mês de janeiro catchin' up todos os filmes que não pude ver durante sua época de lançamento em 2010, finalmente eis aqui a lista considerada a "cereja do bolo". Os títulos aqui são aqueles LANÇADOS no Brasil nesse ano em evidência, por exemplo: Cisne Negro e A Rede Social foram indicados para o Oscar 2011, mas apenas a Rede fora exibido no Brasil até dezembro de 2010. O Cisne só aportará em nossas terras em fevereiro, agora. Portanto, o trabalho de Fincher só será considerado por mim ano que vem; I'm sorry.

Quanto à lista em si, foi um exercício mais difícil que nos anos anteriores. Demorou quase oito meses para que eu tivesse pelo menos 3 filmes que eu considerasse excelentes, e em meados de novembro já podia imaginar que a lista seria quase um aborto. Com sorte, vi em sequência vários bons títulos e finalmente respirei aliviado.

Anyways, aqui vão os melhores filmes lançados no Brasil em 2010:

1. A ORIGEM
2. TROPA DE ELITE 2
3. UM PROFETA
4. KICK-ASS
5. A ESTRADA
6. ZUMBILANDIA
7. A CAIXA
8. ILHA DO MEDO
9. COLAPSO
10. TOY STORY 3

A Origem, de Christopher Nolan, foi meu favorito do ano passado. Um páreo duro contra Tropa de Elite 2, entretanto; cada filme com sua proposta, um representando a arte pela arte, o outro valendo-se do cinema para botar o dedo numa das maiores feridas deonosso país. Assim, Com esse impasse, digo que a obra de Nolan ganhou por um nariz.

Richard Kelly, diretor de Donnie Darko, me impressionou com seu A Caixa, um trabalho mais contido que Southland Tales e talvez por isso até mais proveitoso. Kick Ass e Zumbilândia surgem em cena por desconstruírem o universo do qual fazem parte e ganharam posição no pódio. Toy Story 3 também figura como um de meus favoritos, pois ao revisitar o mundo dos brinquedos desde que vi o primeiro título há mais de 10 anos, o brilhantismo da Pixar continua intacto.

Um Profeta, película francesa, também arrasa. Ao meu ver, é um novo "Poderoso Chefão" da nossa geração ambientado num presídio. Na sequência, também menciono a adaptação "breathtaking" de A Estrada, do autor de Onde os Fracos Não Tem Vez, protagonizada por um Viggo Mortensen no auge de seu talento. Para fechar a lista, Colapso ganha destaque por ser um dos documentários mais perturbadores que já vi; uma pena que não teve nenhuma repercussão ao redor do mundo.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

TOP 15 músicas 2010

Ano passado foi um excelente ano. Parabéns, 2010! Você entrou no meu top top! No âmbito da Música então, nem se fala! Conheci muita coisa boa nesses 12 meses e redescobri outras fodásticas também. Assim, no saldo geral, decidi fazer uma compilação do que de melhor escutei ano passado. Fique à vontade pra seguir minhas sugestões e baixá-los. Se você for esperto e tiver bom gosto, vai seguir meu conselho. Eis então a digníssima:

Obs: A lista não é composta por músicas lançadas em 2010, e sim músicas que conheci ou parei para escutá-las melhor nesse ano.

the great escape - we are scientists
bright lights - placebo
speak in tongues - placebo
change - deftones
minerva - deftones
cherub rock - the smashing pupkins
1979 - the smashing pumpkins
Francis Farmer will have her revenge on Seattle - nirvana
newborn - muse
Apocalypse Please - muse
chemo limo - regina spektor
ode to divorce - regina spektor
I hate everything about you - three days grace
true as the night - the vines
just a car crash away - mailyn manson

Primeiramente vem Deftones, elemento motriz para minha palestra e monografia sobre vampiros. Change e Minerva foram cruciais para retomar o gosto de ouvi-los. Em seguida vem o álbum de Manson, Eat Me, Drink Me. Dentre elas, Just a Car Crash Away traz uma melancolia tão forte que não tem como não querer ouvi-la apenas uma vez. Há um bom tempo eu não escutava MM, e foi bom revisitá-los porque percebi de imediato maturidade no som e na letra dos caras. Também tem o jovem e bom The Vines com True as The Night, destacando-se como a primeira música épica da banda com seus mais de 6 minutos (um recorde deles!) e suas distintas fases que fazem lembrar canções como Those Thieving Birds, Paranoid Android, Jesus of Suburbia, etc. Por fim, também aparece na lista Francis Farmer will have her revenge on Seattle, uma feliz colheita do álbum In Utero. Francis Farmer é pesada como só o Nirvana pode conceber, e ousada também. sua letra me fez lembrar muito um período que vivi entre fevereiro/março do último ano (para bom entendedor, meia palavra basta).

Dos sons inéditos, tive o prazer de conhecer a genial Regina Spektor e suas melodias visionárias (por falta de um adjetivo melhor). Ela é o tipo de artista muito à frente do nosso tempo, e quem dera se sua popularidade fosse alta como essas joças que tocam por aí. De seu primeiro álbum, Soviet Kitsch, duas me marcaram: Ode to Divorce, uma canção realista sobre separação e o ponto de vista feminino pouquíssimas vezes revelado com tanta crueza; e Chemo Limo, um som de cair o queixo. Primeiro porque sua "estória" é genial: uma jovem mãe de três filhos está câncer mas não tem nenhum centavo para se tratar com chemo (quimioterapia), e mesmo se ela tivesse, preferia pagar pra andar de limo (limusine) e morrer com estilo. Segundo, devido a sua estrutura: uma narrativa dividia num sonho pessoal, no retorno à realidade e na reflexão sobre suas crianças. Incrível.

Também conheci Muse, outros gênios da Música. Muse ganhou título de doutorado honorário pela sua contribuição à Arte! Duas músicas dessa banda britânica foram pra mim o melhor tesouro: Newborn, um trabalho explosivo, com um dedilhado muito inspirado e solos de guitarra excelentes; e Apocalypse Please, com um piano macabro que evoca toda a vontade do eu-lírico de que o munde acabe de uma vez. É o tipo de canção que você gostará de ouvir em 2012, quando os Maias provarem estar certos e assim dizermos adeus à toda vida na Terra.

Seguindo a lista tenho o som pesado de Three Days Grace com sua I Hate Everything About You. Música simples, do tipo "teenage angst", que após escutar uma vez já dá vontade de sair chutando bundas na rua. aliás, a marca principal da banda é causar esse tipo de sensação =)

Em penúltima instância trago aqui o caótico trabalho de The Smashing Pumpkins, uma banda que sofreu diversas transformações ao longo de mais de 18 anos de carreira mas que sempre contou com o cérebro da equipe, Billy Corgan. Fui fisgado por TSM a partir de seus primeiros trabalhos (Today, que conheci no Rock Band), e trouxe à essa lista dois de seus melhores exemplares: Cherub Rock e 1979. Essas duas, um dia, espero aprender a tocar e a cantar só pra ter o prazer de fazer um cover delas e assim aumentar meu leque de sedução.


Mas rufem os tambores: 2010 foi o ano de Placebo. Conhecia apenas duas músicas dos caras (Every You, Every Me e Meds), mas quando soube que eles tocariam quase ao lado da minha casa e a preço de custo, resolvi baixar sua discografia. Fiquei fascinado com a banda e seu show no Chevrolet Hall foi melhor do que eu esperava. Escolhi duas canções: Speak in Tongues e Bright Lights. A primeira é aquele tipo de música que te bota pra cima com frases simples e acima de tudo muito sinceras:

Don't let them have their way
Don't give in to yesterday
we can build a new tomorrow today.

Escutem e saberão do que estou falando. Brian Molko cantando-a faz qualquer marmanjo encher os olhos.

A segunda, Bright Lights, poderia facilmente ser a TOP master 2010 se eu criasse algum tipo de ordem na lista. É aquele tipo de canção que descreve exatamente a gente num determinado contexto, e devo dizer que não conheci outra nesse ano que falasse tanto sobre mim quanto ela. Exclusivamente postarei aqui sua letra, tradução seu link pro clipe no Youtube.



Luzes Brilhantes (e Buracos Negros)
Evoque sua mente para os dias em que eu fingia estar bem,
Eu tinha tanto a dizer sobre minha vida louca.
Mas agora que encarei o abismo, tantas pessoas eu irritei.
En tenho que encontrar um caminho balanceado,
uma maneira melhor de viver.

Então, eu ainda não desisti, mas todas as minhas escolhas
e minha boa sorte meio que desapareceram e me deixaram
preso numa prisão aberta.
Agora estou tentando me libertar, entrar num estado de empatia
Encontrar meu verdadeiro e interno Eu,
erradicar a alienação.

Ninguém pode tirá-lo de mim, e ninguém pode destruí-lo
porque um coração que dói é um coração que funciona.
(luzes brilhantes e buracos negros)
Um coração que dói é um coração que funciona.

é isso. até a próxima!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

TOP Fails de Hollywood

Adoro listas. classificar, julgar, falar mal, falar bem... auhauhauahuah isso é mesmo um exercício que prende a minha atenção e incita meu interesse em conhecer coisas novas. Tudo começou em 2003, mas pretendo contar o passado quando publicar aqui a minha lista dos melhores filmes de 2010.

Hoje, entretanto, vem a Lista Negra. No decorrer do ano passado, tive o desprazer de assistir a algumas películas constrangedoras. Sejam por seus roteiros capengas, atuações lastimáveis ou simplesmente por uma direção covarde, 5 delas, entretanto, me fez despertar um ódio por ser ocasionalmente teimoso. Afinal, para quem assiste tanto filme por ano (em 2003 eu assisti "apenas" 400) considero possuir bom faro para detectar algumas peças raras de picaretagens.

Eis aqui então os 5 piores filmes lançados no Brasil em 2010 e que eu tive o imenso azar de assistir. Em torno de 10 horas da minha vida nunca mais serão recuperadas =/ :


5. Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland)
Há um certo tempo não confio mais em Tim Burton. Sua parceria com Johnny Depp (que perdeu a invencibilidade desde o remake da Fantástica Fábrica de Chocolates) já não é mais a mesma, e ao ver sua releitura da obra de Lewis Carroll, quase não consegui suportar toda a projeção da película no Cinema. Tim Burton precisa se reinventar; Johnny Depp precisa se desvincular um pouco de seu amante. Aquela fita de quase duas horas foi um desastre ainda maior para quem ainda apostava na dupla, e eu coloco Alice em quinto lugar justamente por achar que ainda havia esperança para eles. O filme é previsível, transborda marcas registradas burtonianas e deppinianas, possui um cenário digitalizado cuja estética é desastrosa ao plastificar Wonderland e ainda conta com aquela dança tosca do Chapeleiro Maluco no final.

4. O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer's Apprentice)
Nicolas Cage está com um grande pé de meia. Prova disso são os milhares de filmes que ele faz anualmente, praticamente sem se importar ao menos em ler os roteiros antes de entrar em furadas. Gosto do cara e várias de suas atuações, mas O Aprendiz de Feiticeiro é inteiramente sabotado por todo resto que circunda o ator durante as cenas, principalmente Dave. O garoto talvez seja o adolescente mais chato que vi nos últimos anos (ganhando disparado de Bella Swan), suas gags são embaraçosas e o romance colocado pra ele durante a trama faz menos sentido do que dizer que a Terra é quadrada.


3. O Último Exorcismo (The Last Exorcism)
Creio que a única coisa boa dessa bomba seja o cartaz que vi num shopping. Fora isso, a trama imbecil, a falta completa de originalidade para desenvolver o tema, o ator medíocre, a insistência em recriar uma nova Bruxa de Blair (vide a cena no final em que alguns personagens fogem pela floresta com a câmera ligada) e a tentativa frustrada de manter o espectador a salvo de dar gargalhadas durante a projeção tornam esta "obra" uma experiência frustrante a quem quer se arrisque.




2. Scott Pilgrim Contra o Mundo (Scott Pilgrim vs the World)
Houve um tempo em que me orgulhava ser nerd. Hoje, escondo a cara quando exemplos com esse filme pipocam nas prateleiras. Poucas vezes passei tanta vergonha em chamar os amigos pra assistir uma porcaria, principalmente porque eu tinha grandes esperanças quanto a este. Scott Pilgrim e sua idiota direção retrô à là Speed Racer com elementos de HQs e Videogames prova que nem sempre a salada mista da contemporaneidade é saudável (ou mesmo sã). Se alguém algum dia achar que eu ou meus amigos nerds se parecem ou mesmo lembram algum dos personagens deste filme, eu vou entrar com um processo contra o estúdio que permitiu essa heresia ser realizada.



1. Comer, Rezar, Amar (Eat, Pray, Love)
Um filme pra mulheres. Um filme pra mulheres que tem dificuldades em saber o que querem da vida, enquanto o mundo ao seu redor é extremamente paciente e compreensivo. Comer, Rezar, Amar é um livro para mulheres, adaptado por um homem (que queria ser uma mulher) e ousa tentar ilustrar o por quê delas serem do jeito que são: nonsense.
Infelizmente, a obra (que já enfatizei ser para mulheres) aborda o tema como se todas as representantes do sexo feminino fossem burras, tamanha a quantidade de clichés, lugares-comuns e uma interpretação sem sal liderada por Julia Roberts. Tenho convicção de que ela e Kristen Stewart devem ter feito aulas de "atuação" na mesma faculdade.


Não tive tempo (e paciência) para assistir Lula, o Filho do Brasil e também o Nosso Lar. O que é uma pena, pois tenho um palpite de que eles fariam parte dessa lista. O bright side disso é que poupei quatro horas da minha vida =)