sábado, 31 de dezembro de 2011

ill memories - um retrospecto pessoal sobre 2011

And so it is,
just like I said it would be.

Como uma self-fullfiling prophecy (algo como "profecia auto-realizada), encerra-se mais outro ano ímpar desastroso. Essa regularidade, aliás, já não deveria mais me surpreender, pois desde 2001 lembro-me de sofrer irremediavelmente com a mácula destes números. Ainda assim, 2011 veio, mostrou todas as suas garras e fodeu a minha vida muito mais do que eu sequer imaginava.


Just like I said it would be,
O ano acadêmico foi um desastre. Do que adianta formar se tive que adiar indefinidamente meus estudos por causa do embargo do mestrado?
Do que adianta aprender o be-a-bá da teoria se não poderei aplicá-la em lugar algum?

Just like I said it would be,
os anos ímpares são os típicos anos das perdas e das despedidas. Alguns amigos surgiram, mas outras dúzias se foram. Se eu tiver que me acostumar com a efemeridade da vida tirando por base estatísticas pessoais, o certo é começar a manter uma distância de todo mundo, assim evito o sofrer da partida.

Just like I said it should be,
A maldição do escorpião se reafirma. Não dá pra ser afetivamente realizado antes dos 30. Tenho tentado, juro pelos céus que tenho feito meu dever de casa, mas não é só uma questão de falta de sorte. É o destino se arrastando pelos meus pés me impedindo de amar alguém.

Just like I said it could be,
Em 2009 eu fugi de uma cidade que me metia medo. O problema me era alheio como o sol para o vampiro.
Em 2011 eu só podia fugir de mim mesmo. Era minha mente e todos os meus cismas que me queriam morto. E nossa... passou MUITO perto.
Nessa progressão, receio não respirar para ver a cor de 2013.

Agora, não tenho nenhum vínculo com nada nem a ninguém. 2011 tirou o melhor de mim. Minha alegria, meus amigos, meu futuro.
Por isso, peço licença ao propósito deste blog para vomitar meus resquícios de esperança para 2012:

Espero que o mundo acabe. Pior que tá, só em filme.

Continuarei, durante a intermissão até o fim dos tempos, a postar neste espaço com o simples intuito de entreter a mim mesmo.
Tudo que quero, mais do que nunca, é esquecer quem eu sou, quem eu fui, e o que está reservado para mim neste último ano do calendário maia.

Me dá medo fechar os olhos para tentar dormir. Não sei o que é mais pavoroso:
meus pensamentos ou os meus sonhos de tempos que me assombram e me anulam um futuro.