quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

...And this is my chance.

Que eu contei pra metade do mundo sobre o curta metragem que seria rodado a partir de um conto meu, não é novidade alguma. Agora, a respeito da tragédia que rolou e engavetou o filme por tempo indeterminado, talvez nem todo mundo esteja sabendo ainda. Salões Oníricos foi rodado nos 22 e 23 de dezembro. No segundo dia de filmagens, quase no fim do dia, a equipe foi abordada por assaltantes e os filhos da puta levaram os equipamentos, a câmera, o escambau! Além disso, bateram num dos meninos. A história do roubo pode ser lida nesse blog, feito exclusivamente pra denuncia-los. Já as fotos da produção estão hospedadas no meu álbum do orkut ou no do diretor do curta, que é um amigo fodasso meu.


Apesar da notícia triste, eu tive matando a ociosidade durante o tempo que eu tava sem PC. Comecei a ter umas idéias que poderiam virar crônica de RPG, mas como não narro há pelo menos 9 meses, a intenção é transformá-las em conto. A previsão é mais ou menos essa:


Hall of Dreams (concluído, março de 2008)
Rumormonger
(escrito, falta a edição, previsão pra fevereiro de 2009)
Doppelganger (argumento feito, pré-produção, previsão pra maio de 2009)
The Bystander Effect
(idealizado apenas, previsão pra setembro de 2009)


Argh, títulos em português nem sempre soam bem. Bom, Salões Oníricos é um híbrido de Caché e 12:01. Samuel Saraiva é convidado a cometer um ato imoral e parece sofrer consequências existenciais ao ser forçadamente isolado do resto do mundo. Em O Vendilhão de Rumores, um forasteiro que afirma ser o próprio Diabo e faz comércio do paradigma local é desafiado por um
jovem astuto que pretende destroná-lo. Em Doppelganger, fortemente influenciado por Gus Van Sant, eu abandono um pouco o sobrenatural e mando ver no drama. A história é simples e de fácil identificação: um garoto de classe média passa a maior parte do seu tempo conectado à Internet e isso se torna um crescente escape em sua vida. Naturalmente, o contato com as pessoas do mundo externo se torna irreversivelmente frágil e algumas coisas se quebram. Por fim, O Efeito “Espectador” (putz, eu não vou traduzir esse título novamente) abordará um misterioso caso envolvendo esse interessante fenômeno psico-social.


É isso então.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Everybody leaves if they get a chance...



Hmm... New Jersey. Que tal?
Meu emprego tá tão fudido por aqui que eu decidi entrar em contato com meu sponsor. Daí, ele disse assim que arrumava outro emprego pra mim, mas seria em New Jersey!!! Pow, perfeito! O único problema é que eu não tenho como chegar lá =S

A passagem de avião é 350 dólares e ainda tem que levar mais 100 como "seguro" de que eu não destruirei o alojamento deles e não pagarei nada por isso. eu não tenho essa grana toda, e a oportunidade não seria melhor pra sair dessa porra de cidade gelada e finalmente ver uns prédios bem altos, pra variar.

Vou esperar e ver se o sponsor me empresta uma grana =)

Melhor do que continuar aqui com 5 dias de folga na semana...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Someone else is gonna come and clean it up

Então. Há quarenta dias vim pros EUA e já dá pra escrever um livro sobre como é viver aqui. Antes de mais nada, trabalho no Radisson Hotel, que fica no centro de Rapid City, Dakota do Sul. O trampo aqui não é tão puxado: eu trabalho de 5:30 am às 2:00 pm no restaurante do hotel no cargo de Host. Eu recebo os clientes e lhes indico um assento. Também atendo os telefonemas destinados à reservas e aos serviços de quarto. Isso é tudo. Quando há alguma festa ou outro evento que seja realizado num dos ballrooms do Radisson, sou escalado pra ajudar com a preparação do lugar e também para refreshing as mesas, tipo quando precisam de água ou quando terminam de rangar e é necessario tirar os pratos sujos da frente dos ricaços.

Existem alguns contratempos na minha rotina de trabalho, mas dois deles são os mais fodas de todos: a baixa demanda aqui no hotel tá acabando com minha carga de trabalho semanal: eu deveria trabalhar cinco dias por semana, mas por causa da falta de clientes tenho trabalhado quatro ou até mesmo três! O resultado disso é um pagamento bem menor do que eu esperava e muito mais ociosidade em casa. O segundo problema tem a ver com o fato do clima da cidade: como aqui é terrivelmente gelado, tem alguns dias que é impossivel sair de casa a pé... e eu moro a 25 minutos (caminhando) do local. Como aqui de noite o frio triplica e eu não tenho carro, fica muito complicado arrumar um segundo emprego, até porque eu chegaria em casa tarde da noite e precisaria acordar no dia seguinte às quatro da manhã.

Um fato realmente curioso tem sido a questão de se trabalhar num ambiente multilingue. É como se a fofoca pudesse ser mais disseminada, ahUahuhauahuahu!! Dá pra falar mal dos outros na cara deles e ainda ficar de boa... é muito hilário. Claro que a brincadeira não funciona com todos os funcionários: alguns poucos lá chegam a falar cinco linguas. E a interessante interseção disso tudo é o inglês. Eu me sinto quase constrangido ao ver ou lidar com algumas pessoas que foram trabalhar no hotel sem saber nada desse idioma. É como se eles ficassem sobrando quase o tempo todo, e eu simplesmente fico querendo saber o que leva uma pessoa a trabalhar no exterior (mesmo que seja por 3 meses e meio) sem saber ao menos perguntar aonde é o banheiro.