5.12 - The Big One
Depois de um final de período apertado, estou de volta.
Dexter chegou ao fim de mais um ano. Assim como para muitos, creio saldo ftenha sido positivo. Tivemos uma temporada equilibrada, capítulos coesos e uma trama que pretendia desembocar num season finale que faria jus ao legado de Trinity Killer e a morte de Rita.
Faria.
Infelizmente, esperei muito mais do que a conclusão ofereceu de facto. Enquanto assistia ao 12º capítulo de Dexter, pensei na dificuldade e, que os roteiristas devem ter para esticar a história, já que para fazê-lo eles tem tido receio em alterá-la. Em cinco anos de show, definitivamente a mudança mais brusca ocorrida foi durante o season finale da quarta temporada (acho que o destino de Doakes também foi impactante). Mas em relação a este último ano, tudo se convergia para que a vida de Dexter se transformasse novamente e de maneira irreversível. Quais mudanças seriam essas?
1) Lumen e Dexter como um casal. Após a morte de Jordan Chase, eles teriam que lidar com suas vidas a dois, algo que não seria nada fácil. Ela talvez ajudaria Dexter com o “lixo” de Miami, ou então não se intrometeria nos assuntos do Dark Passenger e seria uma cúmplice "passiva" de seu amante.
2) Debra flagraria o irmão e sua comparsa enquanto matavam Chase. Para o bem da série, provavelmente a boca-suja não o denunciaria, mas provavelmente teria dificuldades em se relacionar com Dexter novamente. Debra poderia ligar os pontos e entender que seu irmão foi responsável pela morte de Doakes e muitos outros, o que dificultaria ainda mais uma reconciliação entre eles.
3) Quinn saberia exatamente sobre as atividades da dupla vida de Dexter. Mesmo com as fotos e a morte de Liddy, todas as evidências são circunstanciais, mas se Quinn tivesse flagrado o Dark Passenger dentro do furgão, os rumos seriam outros.
Mesmo com todos esses problemas lançados, seria possível construir um roteiro coerente e que desencadeasse numa trama cada vez mais complexa. Contudo, depois de uma quinta temporada impecável, os 20 minutos finais soaram covardes, à deriva de um senso de ousadia. Lumen vai embora, Debra não remove o plástico que a separa dos vigilantes e Quinn abandona em definitivo sua rixa com Dexter para o bem do seu relacionamento com a garota Morgan.
Portanto, para qualquer tipo de leitura que você se incline, o sexto ano começará como se a série tivesse sofrido uma espécie de reboot. Não existem pendências ou conflitos. Há uma sensação amarga na boca de traição, de um Deus Ex Machina que sempre intervém na vida desse serial killer e que conserta seu caminho sempre que lhe é conveniente.
Isso me faz pensar sobre como seria uma conclusão de Dexter...
E sabe de uma coisa?
Tenho uma má impressão sobre esse assunto.
UPDATE: Ao ler o blog de Pablo Villaça, crítico de cinema, soube que os tais roteiristas são uma nova trupe no comando, aparentemente alocados no lugar dos responsáveis pelas quatro primeiras temporadas. E ainda de acordo com a informação de Pablo, o tal grupo também é responsável pelo roteiro de 24 Horas (que, particularmente, nunca despertou meu interesse por ter reviews cheia de altos e baixos pela Internet).
Blergh...
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