domingo, 10 de outubro de 2010

Sem descanso para o Mal

review sobre os episódios de SUPERNATURAL
6.01 - Exile on Main St.
6.02 - Two and a Half Men


Quando comecei a assistir Supernatural, considerava-a uma série mediana, que atendia sua função básica que era garantir meu entretenimento. Ao chegar à 3 e 4 temporadas, minha opinião era outra: seu roteiro cada vez mais polido e elaborado, com personagens realmente interessantes (Castiel, Dean, Bob), tornavam-na indispensável para qualquer interessado no gênero.

No início do quinto ano, entretanto, a série começou a apresentar sinais de desgaste. Mesmo planejada para durar seis temporadas, os roteiristas forçavam a barra cada vez mais para conseguir suportar 22 capítulos anuais. Ao invés de se preocuparem com o Apocalipse, entregavam-nos episódios de “monstros da semana” que não rendiam nada e era até mesmo ilógico, uma vez que não fazia sentido os irmãos Winchester desfocarem tantas vezes de seu objetivo último: deter Lúcifer e Michael.

Com o desfecho da quinta temporada, estava claro que o material criado por Eric Kripke havia chegado a um final conclusivo. Não havia mais o que explorar. Lúcifer foi engaiolado graças ao sacrifício de Sam, o Apocalipse foi abortado e Dean foi viver no subúrbio com mulher e quase-filho. Mas o canal urge pela audiência, e o show têm de continuar.

O que nos leva à estes dois primeiros capítulos da sexta temporada: Sam retorna dos mortos, assim como seu avô e primos. Nada é explicado; tudo é lançado aleatoriamente. Djinns surgem para vingar seu pai derrotado pelos irmãos no passado. Shapeshifters sequestram bebês. Sam e os ressuscitados contam com o retorno de Dean à ativa; de acordo com o grupo, foi um erro mantê-lo afastado do ofício de caçador por tanto tempo. Ele é bom demais pra se aposentar.

Mas sinceramente não dá. Não sinto mais a empolgação dos anos anteriores. Pretendo assistir até ao fim, mas não vou escrever reviews aqui. Quando a série terminar, faço um comentário geral sobre minha impressão. Supernatural tomou o caminho errado que tantas outras também o fizeram...

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