sábado, 16 de julho de 2011

Reloaded Vampires

review sobre o capítulo de True Blood: S4E01 - She's not there

Quando se lê uma boa história, o desejo que nos desperta muito comumente é que ela fosse infinita, agradando-nos eternamente. Quem dera se existisse Matrix 4, 5, 6, 7... ou Clube da Luta 2: A Missão Caos. Mas como bem conhecemos o teor das continuações, dificilmente elas fazem jus ao material original, tornando-as dispensáveis e até mesmo ultrajantes se comparadas com o texto primário.


A natureza dos reboots também é ambígua: pode tanto ser para melhor ou pior. Alguns filmes e seriados são lançados porcamente, e quem dera se tivéssemos tantos Christopher Nolans por aí para consertar as cagadas de diversos diretores, tal como ele logrou em sua empreitada do novo Batman, de 2005.

E é o fenômeno do reboot que ocorre nesta season premiere da quarta temporada True Blood: com um recurso narrativo em diferentes planos dimensionais, acompanhamos Sookie fora de seu tempo durante sua estadia em Arcádia e, ao voltar ao plano material, descobre que Bons Temps está irreversivelmente alterada. Este “reset” no background dos personagens me suscita uma pergunta elementar: True Blood precisa mesmo disso? Desse salto temporal?

Em três temporadas, vimos muita coisa acontecer. Lobisomens, fadas, vampiros, metamorfos. Vimos um vampiro ancião entrar em rede nacional ao vivo e direcionar-se à America, enquanto arrancava a espinha de um jornalista. A série já contou tudo o que tinha pra contar? Se a resposta for “sim”, este reboot apenas trará mais dinheiro para o bolso dos produtores, colocando seu aspecto artístico em segundo plano. Se “não”, espero muito que Allan Ball me faça morder a língua e me apresente uma temporada tão boa quanto as anteriores, porque a única coisa que esta season premiere me fez sentir foi indagar o porquê eu deveria continuar dando audiência para o drama.

OBS: não pretendo fazer resumos dos capítulos neste blog. Os comentários são ACERCA da obra e só são úteis se você já a assistiu. Também não me vejo na obrigação de falar sobre cada um dos núcleos do show; esse tipo de resenha é esquemático e chato.

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