terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Someone else is gonna come and clean it up

Então. Há quarenta dias vim pros EUA e já dá pra escrever um livro sobre como é viver aqui. Antes de mais nada, trabalho no Radisson Hotel, que fica no centro de Rapid City, Dakota do Sul. O trampo aqui não é tão puxado: eu trabalho de 5:30 am às 2:00 pm no restaurante do hotel no cargo de Host. Eu recebo os clientes e lhes indico um assento. Também atendo os telefonemas destinados à reservas e aos serviços de quarto. Isso é tudo. Quando há alguma festa ou outro evento que seja realizado num dos ballrooms do Radisson, sou escalado pra ajudar com a preparação do lugar e também para refreshing as mesas, tipo quando precisam de água ou quando terminam de rangar e é necessario tirar os pratos sujos da frente dos ricaços.

Existem alguns contratempos na minha rotina de trabalho, mas dois deles são os mais fodas de todos: a baixa demanda aqui no hotel tá acabando com minha carga de trabalho semanal: eu deveria trabalhar cinco dias por semana, mas por causa da falta de clientes tenho trabalhado quatro ou até mesmo três! O resultado disso é um pagamento bem menor do que eu esperava e muito mais ociosidade em casa. O segundo problema tem a ver com o fato do clima da cidade: como aqui é terrivelmente gelado, tem alguns dias que é impossivel sair de casa a pé... e eu moro a 25 minutos (caminhando) do local. Como aqui de noite o frio triplica e eu não tenho carro, fica muito complicado arrumar um segundo emprego, até porque eu chegaria em casa tarde da noite e precisaria acordar no dia seguinte às quatro da manhã.

Um fato realmente curioso tem sido a questão de se trabalhar num ambiente multilingue. É como se a fofoca pudesse ser mais disseminada, ahUahuhauahuahu!! Dá pra falar mal dos outros na cara deles e ainda ficar de boa... é muito hilário. Claro que a brincadeira não funciona com todos os funcionários: alguns poucos lá chegam a falar cinco linguas. E a interessante interseção disso tudo é o inglês. Eu me sinto quase constrangido ao ver ou lidar com algumas pessoas que foram trabalhar no hotel sem saber nada desse idioma. É como se eles ficassem sobrando quase o tempo todo, e eu simplesmente fico querendo saber o que leva uma pessoa a trabalhar no exterior (mesmo que seja por 3 meses e meio) sem saber ao menos perguntar aonde é o banheiro.

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